sexta-feira, abril 05, 2013

PALAVRAS MALABARISTAS


Simplesmente sumiram. E eu aqui sem saber o que fazer, o cursor piscando solitário na telinha do note. Foi então que ouvi as risadas e da janela pude observar. Lá estavam elas, esfuziantes. Tomei o maior susto. Meu primeiro impulso foi trazê-las de volta imediatamente, a qualquer preço, agarrá-las pelo pescoço, óbvio que estavam se achando. Não faltava mais nada, me abandonarem assim, sem mais nem menos, sem um aviso sequer, vou matá-las, uma a uma! Mas não matei, aliás, nem fiz nada, simplesmente as deixei seguir.

E agora, o que seria de mim? Se não voltarem eu morro!

Olha, se alguma vez aconteceu isso com você, não precisa nem ler esse texto. Nenhum relato conseguirá ser absolutamente fiel ao que se passou comigo naquela noite em que as palavras foram passear. Só sei dizer que minha cabeça parecia que ia explodir, dava mil voltas. Os pensamentos zuniam, que mancada a minha: eu as monopolizara como se fossem minha propriedade. E elas ali..., pacientemente, traduzindo meu pensar e suportando minhas loucuras. Tanto malabarismo que o cansaço bateu. Como não percebi isso? Paciência, agora já era. O jeito é aguardar em stand by. Vou sobreviver, prometo.

No final das contas, depois do revival elas voltaram. São fortes os laços que nos unem. Ainda bem.

© Marli Soares Borges, 2013.

10 comentários:

  1. Sim, a ligação é forte! Elas só foram bem ali, comprar cigarros ou tomar um café na esquina, voltam já-já!
    :-) Abraços letripulistas, até!

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  2. Risos... Amiga já aconteceu comigo rsrsr. Na hora estava escrevendo minha tese aff! Quase desmaiei rsrrs.

    Beijinho

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  3. Elas nunca saem de ti, Marli. Podem apenas se esconder! Bom te ver, legal que conseguiste blogar,rs beijos,chica,.linda semana!

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  4. Olá Marli, prazer em conhecê-la melhor! Vinha para agradecer a visita e o comentário lá no Meu (simples)Estaminé, receosa de não conseguir comentar se o seu sistema fosse dos que pedem o perfil. Não sei porquê, nunca me deixam entrar. Então, não imagina a alegria que foi ver que aqui, posso sim comentar!
    Gostei muito das suas Palavras Fugitivas. Elas pregam-nos tantas partidas de vez em quando! Ou porque se vão , como lhe aconteceu, ou porque se mascaram e os que nos lêem entendem outra coisa que não o que queríamos dizer. Enfim, as Palavras são umas meninas fúteis sem responsabilidade. Cabe-nos a nós domá-las, dominá-las e usá-las dando-lhes sentido.
    Como gostei de passar por aqui! Obrigada por me ter visitado. Continuarei a passar por aqui. Bjs. Bombom

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  5. verdade, Marli; às vezes acontece. Mas elas sempre voltam, felizmente! :) Boa semana.

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  6. Oi, cheguei ate aqui pela sua resenha do livro a casa dos espiritos, que terminei de ler a pouco tempo e amei. adorei seu blog e estou te seguindo! beijos

    http://jardimlivros.blogspot.com.br/

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  7. Marli, como é bom te ler.
    Já estava atrasadinha aqui, mas estou resgatando.
    Bom demais quando você aparece no blog.
    Xeros

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  8. Oi MARLI QUE SAUDADES DE VC AMIGA, AGRADEÇO AS BELAS PALAVRAS, VC TEM RAZÃO ELES NÃO TEM TEMPO PARA OLHAR OS NECESSITADOS, QUANDO CHEGAM PERTO DA ELEIÇÃO VEM MAIS PROMESSAS NAO CUMPRIDAS, UM ABRAÇO FRATERNO. CELINA

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  9. Pura verdade....bom fim de semana beijo Lisette.

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  10. Drumond colocou as palavras "em estado de dicionário", instigando os poetas a desperta-las. Quase sempre vou a seu ninho e cutuco, belisco, grito. E que vivam as letrinhas, afinal: "São fortes os laços que nos unem".

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BOM VER VOCÊ POR AQUI!
Procurarei responder a todos e retribuir as visitas com a maior brevidade possível. Abraços. Marli